Saúde da Mulher

O que é a menstruação

A menstruação é a descamação das paredes internas do útero quando não há fecundação.

Essa descamação é necessária para que o processo recomece.

Dr. Sérgio dos Passos Ramos








Como Prevenir o Câncer da Mama

Não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama, mas há alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença. Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.


Veja aqui alguns desses fatores de risco:


- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum em mulheres.


- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.


- Histórico familiar: ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é desconhecido. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama em pai ou irmão também possuem risco aumentado. Ao redor de 20% a 30% das mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo diagnóstico.


- Mutações genéticas: entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.


- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva (volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.


- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é menor em mulheres asiáticas e indígenas.


- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.


- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.


- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco ligeiramente maior de ter câncer de mama.


- Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando mál-formações) e carcinogênicos.


- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram depois dos 30 anos, têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama. Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.


- Gravidez e amamentação: alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois. Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a mais estrogênio.


- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente associado a aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a 5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.


- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se principalmente as carnes vermelhas.


- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama.

Câncer de Mama em Mulheres Jovens
Um estudo realizado no Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, mostrou que o câncer de mama está atingindo quatro vezes mais mulheres jovens que no passado.


Tradicionalmente, os casos de câncer de mama apareciam em mulheres acima de 40 anos, mas esse estudo mostra que a doença está atingindo também mulheres jovens.


Nesse intuito, hoje, a recomendação é de que a mulher faça um auto exame de mamas mensalmente e um exame clínico de mamas anualmente.


A mamografia ainda não está absolutamente indicada nas mulheres jovens como forma de diagnóstico precoce, pois tem muitas limitações. O ultrassom de mama (ultrassonografia) também não é um exame confiável para o diagnóstico do câncer de mama.


Resta, então, o auto exame e o exame clínico anual, ao qual todas as mulheres devem se submeter independentemente de idade, vida sexual ou qualquer outra característica pessoal.


O que são "Corrimentos vaginais"?

Dra. Maria Beatriz Piraí de Oliveira
Existe uma preocupação intensa da mulher em relação aos corrimentos vaginais. Até que ponto uma secreção pode ser considerada normal? O que é corrimento normal? O que é corrimento patológico?
Durante a infância a ocorrência de corrimentos patológicos (que são considerados doenças) é rara.
São causados na maioria por verminoses e higiene inadequada.
A partir do momento que a menina menstrua ocorre uma mudança do Ph e da flora vaginal, que acrescidos de mudanças comportamentais (como por exemplo uso de tecidos sintéticos justos) podem levar à um aumento da secreção vaginal, mas raramente, neste caso leva à infecções.
Na mulher sexualmente ativa já existe uma mudança de Ph e flora vaginal, devido ao ato sexual. O não uso do preservativo pode infectar a mulher com microorganismos que causarão uma alteração da secreção vaginal normal, tornando essa mesma secreção uma doença, com sinais e sintomas, devendo ser diagnosticada e tratada adequadamente.
Sempre que existe uma suspeita de que a secreção não está normal deve-se procurar um ginecologista, para um exame mais detalhado.
Via de regra uma secreção sem odor e sem prurido (coceira) não é considerada doença. A partir do momento em que ocorre uma alteração na quantidade desta secreção, na coloração e no odor, acompanhado ou não de prurido, deve-se procurar o médico.
Existem certos tipos de infecção genital em que a secreção se torna pruriginosa, com odor fétido e pode ou não ser acompanhada de irritação vaginal.
Neste caso deve-se suspender as relações sexuais e procurar o serviço médico para o tratamento correto.
O uso de medicações por conta própria ou indicados por profissionais não médicos pode melhorar o quadro a princípio, mas as conseqüências podem ser extremamente ruins.
Ressalto a importância do exame preventivo (papanicolau), que além de detectar precocemente o câncer, pode diagnosticar infeções genitais em sua fase inicial, ou seja, sem sintomas.


Corrimentos 
II Parte
Dr. Alexandre Frederico
Nossa pele é o tecido que separa o meio ambiente dos nossos órgãos internos e está sujeita a agressão de vários microorganismos que podem causar doenças como: fungos e bactérias.
Existem certos locais do nosso organismo onde esta agressão é mais freqüente por serem úmidos ou terem uma temperatura mais elevada como o caso dos órgãos sexuais externos da mulher (a vulva e vagina). As infecções neste local são chamadas de vulvovaginites. Um tipo de classificação se faz pela capacidade do agente agressor produzir secreção, isto é, corrimento (leucorréias = leuco/branco e réia/secreção).
Entre as leucorréias existem três agentes mais comuns: fungos entre eles se destaca a Candida albicans que produz uma vulvovaginite muito irritadiça com fortes coceiras, dor para urinar e um corrimento branco como "nata de leite". Uma outra leucorréia comum é a Gardinella vaginalis, um microorganismo que possui um órgão locomotor: o flagelo, causador de uma leucorréia de odor muito forte porém em pequena quantidade e por fim temos o Tricomonas vaginalis agente causador de um corrimento sem coceira e sem odor forte porém em grande quantidade. Ao surgimento de um corrimento não cabe à paciente fazer outro tratamento pois, além de poder estar tratando erradamente, ela pode estar selecionando o agente agressor fazendo que um tratamento posterior seja mais difícil, porém existem alguns cuidados que podem ser tomados para dificultar ou mesmo impedir o surgimento de leucorréias como:
  • use roupas mais leves. Calças jeans e de laicra só facilitam o surgimento de lucorréias;
  • não misture suas roupas com as de outras pessoas;
  • não faça duchas vaginais, pois elas só seleccionam os microorganismos patogênicos;
  • o marido, portador de muitos agentes causadores de corrimentos, tem que ser tratado.
.....O tratamento correto das leucorréias só pode ser feito pelo médico, além do mais, ele pode identificar um outro tipo de corrimento, a mucorréia, que trata-se do aumento da secreção vaginal sem agente patogênico associado. Um outro tipo de corrimento mais comum em crianças é acusado por quadros alérgicos ao sabonete ou ao tecido da calcinha. Deve-se tratar todo o tipo de leucorréia, pois sabe-se que a presença da mesma, além de causar o desconforto, pode facilitar o contágio de outras doenças como: a AIDS e o condiloma (verruga vaginal).

Tratamento da TPM


Por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos, já que os sintomas variam muito de intensidade para cada mulher. Entretanto, há medidas que aliviam os sintomas.

Resultados não cientificamente comprovados mostram que a vitamina B6 (piridoxina), a vitamina E, o cálcio e o magnésio podem ser usados com melhora dos sintomas.

Outro medicamento é o ácido gama linoleico, que é um ácido graxo essencial. Pode ser encontrado no óleo de prímula. Existem advertências sérias do FDA americano (Órgão Regulatório dos Estados Unidos) a respeito de medicações alternativas naturais e de possíveis efeitos colaterais graves, portanto, esse, como qualquer outro medicamento, mesmo "natural", só deve ser usado mediante prescrição médica.

Na verdade, esse é o melhor caminho para o tratamento da TPM: consultar um médico ginecologista e descrever para ele todos os sintomas que a mulher sente antes e depois da menstruação.

O melhor medicamento é o que, sozinho ou associado, reduza os sintomas. Como essa síndrome está ligada à ovulação, muitas mulheres podem se beneficiar do uso da pílula anticoncepcional que suspende a ovulação. Nos Estados Unidos, a FDA aprovou a pílula com drospirenona e etinilestradiol, para mulheres que têm sintomas de TPM e desejam anti concepção hormonal.

Já nos casos graves de síndrome disfórica pré-menstrual, é necessária medicação mais específica, sendo que a medicação usada com melhores resultados são os antidepressivos. Estudos recentes mostram que essa medicação usada na menor dose possível e durante a fase de tensão pré-menstrual tem melhorado muito a qualidade de vida das mulheres que experimentam essa disfunção. Também nesses casos a pílula anticoncepcional com drospirenona e etinilestradiol pode ser usada.


QUANDO A VIDA MODERNA PASSA PELO CONSULTÓRIO

Os desafios da mulher moderna vão muito além do ambiente doméstico e profissional – passam também pelo consultório, com relatos de estresse, alimentação inadequada, sedentarismo e poucas horas de sono, resultados do acúmulo de funções no dia a dia. Houve uma mudança nos tipos de doenças mais frequentes nas últimas décadas, alerta o ginecologista Nilson Roberto de Melo, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e da Federación Latinoamericana de Sociedades de Obstetricia y Ginecología (Flasog).


Professor livre-docente de Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), ele aborda, na seguinte entrevista, esses e outros temas ligados à saúde da mulher moderna, como o combate e a prevenção ao estresse e às doenças mais frequentes, os riscos da automedicação, a importância de se visitar um profissional de saúde regularmente e as contribuições da pílula anticoncepcional e do tratamento de reposição hormonal para uma melhor qualidade de vida, em diferentes idades.


Tendo como base a experiência do sr. em consultório, quais as doenças típicas da chamada "modernidade" que são mais frequentes e como podem ser prevenidas ou enfrentadas?


A tensão pré-menstrual é muito comum. O corrimento vaginal também, porque a mulher mudou seus hábitos. Outras seriam a endometriose e o câncer de mama, cuja incidência tem aumentado. Se eu citar como exemplo minhas avós, que tiveram 18 filhos cada uma, não havia tempo para se ter mioma, endometriose. Tinha-se pouca possibilidade de corrimento, de câncer do endométrio. A modernidade fez com que o panorama fosse alterado, principalmente pela correria do dia a dia e pelo fato de se engravidar menos e mais tarde.


Os pilares para aliviar e prevenir esses sintomas são realização de exercício físico, boa alimentação e uso da pílula anticoncepcional.


Como o uso da pílula anticoncepcional pode contribuir para uma maior qualidade de vida entre as mulheres de diferentes idades?


A pílula anticoncepcional tem dois pontos fundamentais. O primeiro é evitar uma gravidez não planejada, que pode terminar, muitas vezes, em abortamento. O abortamento clandestino é a terceira causa mais frequente de mortalidade materna no Brasil, sem contar as sequelas físicas e emocionais que esse procedimento pode acarretar. Então, quando tomada de forma correta, sem esquecimentos, a pílula é muito eficiente.


O segundo ponto, não menos importante, é o de que o medicamento traz vários benefícios extracontraceptivos. Quem a usa há cinco anos, tem de 30% a 50% menos chance de desenvolver câncer de ovário e de endométrio. Ela também regulariza o ciclo menstrual, é o segundo melhor tratamento para cólica menstrual, diminui o volume do sangramento e duração menstrual, prevenindo anemia ferropriva (causada por deficiência de ferro), entre outras doenças. A pílula pode fazer também com que a mulher controle o melhor período para a menstruação, servindo ainda como tratamento à oleosidade da pele e acne.


Qual a importância de se encontrar tempo na agenda para visitar profissionais de saúde regularmente?


É muito importante que a mulher encontre tempo na agenda para fazer todo o aspecto de prevenção, que ela procure um médico uma vez ao ano. O ideal seria fazer isso a cada seis meses, mas, na pior das hipóteses, uma vez ao ano. A mulher moderna tem múltiplas funções. Ela trabalha fora, gerencia a casa, se tem filhos, administra a educação deles, e cuida até da roupa dos adultos. Ela só acumulou atividades, e isso pode causar inúmeros problemas.


Quais recomendações podem ajudar a mulher a aliviar o estresse no dia a dia? A prática de exercícios físicos ajuda? Em caso positivo, quais seriam os mais indicados?


Dois dos segredos para lidar melhor com a vida moderna seriam alimentação adequada, várias vezes ao dia, em pequenas quantidades de cada vez; e atividades físicas, que ajudariam a evitar uma série de doenças. As atividades físicas aumentam o metabolismo basal, elevando a perda calórica. Bons exemplos são caminhadas, alongamentos e um pouco de musculação, com acompanhamento adequado, sem falar na ioga, terapia que dá mais autocontrole. Quem se exercita tem, em geral, um sono mais tranquilo e mais chance de perder peso corporal.


Como a Medicina tem actuado para trazer mais conforto à mulher nos dias atuais? Há novidades com relação ao diagnóstico e ao combate à endometriose, por exemplo?


Muitas são as pesquisas, desde as referentes à endometriose, às alterações hormonais, aos corrimentos. Muito se estudou e muito se descobriu. A Medicina hoje atua no sentido mais preventivo, de orientação desde alimentação, que é muito importante, passando por atividades físicas, para a mulher se distrair um pouco no cotidiano, e higiene íntima, levando em conta até mesmo a roupa a ser utilizada. Para combater o corrimento vaginal, por exemplo, deve-se evitar o uso de calcinhas de fibras sintéticas e optar pelas de algodão.


A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) afirma que, anualmente, cerca de 20 mil pessoas morrem no país vítimas da automedicação. A falta de tempo de muitas mulheres no dia a dia pode agravar o problema?


Eu desconheço se isso é decorrente da falta de tempo. Pode ser da nossa cultura, porque muitos vão direto à farmácia e compram medicamentos, que nem sempre são os mais corretos para cada caso, mas que muitas vezes são os mais interessantes aos farmacêuticos, seja por lucro ou premiações. Eu acredito que o problema seja mais da nossa cultura, da facilidade de se ir a uma farmácia e achar que aquele balconista entende dos nossos problemas e que vai resolvê-los. A mulher não pode substituir a ida ao médico.


E o papel da terapia de reposição hormonal no bem-estar da mulher?


A reposição hormonal tem uma dupla finalidade: melhorar sintomas e prevenir doenças. Esse segundo motivo é tão ou mais importante, na minha ótica de médico, do que o primeiro, incidindo diretamente em uma melhora de qualidade de vida, garantindo um envelhecimento com bem-estar e prevenção de eventuais problemas e enfermidades. Há vários aspectos que contribuem para isso além da medicação, quando necessária: dieta rica em fibras e lácteos, atividade física, menos ingestão alcoolica e combate ao fumo.


Diferentemente do testículo, que diminui a produção hormonal lentamente, o ovário registra uma queda abrupta, que, para a grande maioria das mulheres, ocorre entre 48 e 51 anos. Quando isso acontece, pode-se ter sintomas como ondas de calor, irritabilidade, depressão, insônia. Após um ou dois anos, a vagina pode ressecar – com registro de problemas urinários –, assim como a pele. Nos primeiros cinco anos, pode-se perder ainda de 2% a 6% de massa óssea anualmente, elevando riscos de osteoporose e implantação dentária. Problemas cardiovasculares também podem ser prevenidos com a reposição.






VULVITE E VULVOVAGINITE 

Associados ao corrimento vaginal estão também os processos inflamatórios do vulva e vagina, também chamados de vulvite e vulvovaginite.

A vaginite é uma inflamação do revestimento da vagina. A vulvite é uma inflamação da vulva (os órgãos genitais externos da mulher). A vulvovaginite é uma inflamação da vulva e da vagina.

São uma irritação do vulva e da vagina provocada pelos diversos micro-organismos que causam corrimento. Por exemplo, a cândida, o tricomonas e a gardnerela, além do corrimento em si, também causam vulvite e/ou vaginite.

Outras infecções comuns são a gonorreia, herpes, clamídia e infecções bacterianas.

Existem também vulvites crónicas não relacionadas a germes, comuns nas mulheres depois do parto. É associada também frequentemente com a gravidez e o uso de contraceptivos orais. Muito frequentemente é causada por sensibilidade a determinados produtos químicos, incluindo aqueles contidos nos espermicidas, no látex das camisinhas, nos tampões vaginais, amaciantes de roupas ou irritação por roupas sintéticas e apertadas, papel higiénico, sabonetes íntimos, sabonetes normais etc. Duches vaginais em excesso também são a causa de vulvovaginites, pois destroem os Bacilos de Doderlein, diminuindo as defesas vaginais. Em mulheres na menopausa, a vulvite atrófica, causada pela falta de hormônios sexuais, é uma importante causa de irritação.

Vulvites e vulvovaginites são diagnosticadas no exame ginecológico e, se necessário, na vulvoscopia.

As causas dessas doenças são várias, e todas necessitam de tratamento prescrito por um médico mediante a avaliação clínica. Os sintomas mais comuns são a inflamação, a vermelhidão e o corrimento.

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